“Valentes, firmes, compassivos.“
- Lema de Amsterdã
Sobre a “Viagem”
Eu e minha esposa nos casamos há “longos” dois anos atrás, em 2012. Parece que foi ontem. De certo modo foi: o tempo passa rápido depois que se cresce. Ainda mais hoje, com toda essa vida corrida.
Nós sempre quisemos fazer um casamento simples, com uma recepção simples – nada muito elaborado – para poder viajar. Nunca achei que faríamos um mochilão pela Europa, mas um colega meu de trabalho, o Diogo, acabou passando umas dicas e me encorajou a pesquisar sobre o assunto. Depois da cerimônia – maravilhosa por sinal, cheia de parentes e amigos – a viajem era o foco.
Acabamos vendo que uma viagem bem feita, bem planejada, pode sair até mais barato que uma viajem dentro do país. É só se planejar certinho, arrumar as malas, e entrar no avião.
O roteiro? Amsterdã – Lidköping – Bruxelas – Bruges – Paris – Versalhes – Sevilha – Londres
Nessa viagem fizemos algumas fotografias, mas como não era nosso foco colocar ênfase no trabalho – queríamos mesmo era curtir – não ficaram: “nossa, uau, que fotos!”. Foram espontâneas, como toda foto de viagem de Lua de Mel deve ser.
Nunca compartilhamos essas fotos, e pra falar a verdade, só agora estamos tendo tempo para revisitá-las e editá-las. O propósito desses posts não é muito servir como tipo de guia turístico – embora muitas dicas irão embaladas nos posts seguintes – porém mais que isso, expor as imagens que terminamos fazendo.
Esperamos que curtam.
Planejando
Para planejar a viagem, ou melhor, o mochilão, primeiro pense: qual local gostaria de conhecer, e por quê? Leia bastante, pesquise bastante, curie.
Para nós foi muito, mas muito melhor do que comprar um pacote. Mais livre, e mais econômico.
O fórum Mochileiros nos ajudou bastante. Aliás, se você quiser fazer um mochilão, pra qualquer lugar do mundo, esse site é indispensável. A galera posta roteiro, dicas de hotéis e hostels baratos, e as vezes restaurantes e locais que só os “nativos” conhecem. Muitas manhas também.
Primeiro fiz assim: delimitei a quantidade de dias que poderíamos ficar fora viajando. Deu 28 dias. Depois, decidimos pelos países que gostaríamos de conhecer, acrescentando Sevilha (Espanha) e Lidköping (Suécia) em finais de semana – onde minhas primas moram, e porquê fazia tempo que não nos encontrava-mos.
Fomos fazendo no nosso mapinha: dois dias para Amsterdã, cinco dias para Londres, etc.
Passagens
O próximo passo foi simular as passagens. Usamos o Skyscanner.com. Esse site simplesmente faz a pesquisa de vôos mais baratos e te direciona para o site da companhia, sem o pagamento de taxas adicionais como outras certas empresas. Para ficarem mais baratas, fomos então acomodando os períodos nos locais para mais ou menos dias de acordo com o preço da passagem. Os dois dias em Amsterdã viraram três, os na Suécia, quatro, e assim por diante. Isso comparando com o preço das diárias de hotel, para não dar elas por elas. Em todos os vôos tomamos cuidado para sairmos de manhã, e chegarmos no destino á tarde ou á noite, no horário dos check-ins.
Para sair do Brasil, compramos uma indo para Schiphol, em Amsterdã, e voltando de Heathrow, em Londres. Lugares diferentes. Fica barato como uma ida-volta.
Hospedagem
Para hotéis e pousadas, recomendo usar o Booking.com, sempre de olho nas análises. Junto com o Booking, sempre fique de olho no Tripadvisor.com. No Tripadvisor não há como fazer as reservas diretamente, mas as análises são mais consistentes: as pessoas – inclusive nós – tiram fotos dos lugares com seus próprios celulares e postam. Assim fica fácil desmascarar aquele hostel dos sonhos. No Tripadvisor também você acaba encontrando contatos de pousadas recomendadíssimas, mas que não possuem a facilidade de fazer reservas pelo Booking. Aí você pega seu inglês, ou um Translator da vida, e faz diretamente com o dono da hospedaria por e-mail. Fizemos isso em Bruxelas, e por incrível que pareça, a pousada caseira foi o local mais aconchegante que ficamos comparado aos hotéis da viagem.
Espetáculos e o Turismo
Simulou os hotéis, simulou as passagens, agora cheque os espetáculos. Para fazer aquela surpresa, resolvi que iria levar a Rebeca em um espetáculo de ballet. Poderia ser no Royal Opera House em Londres ou em Paris, no Palais Garnier ou Opera Bastille. Simplesmente só havia uma oportunidade durante os 28 dias, e seria no Garnier (ufa!). Acabou bagunçando meu esquema e voltei a mexer nas datas para acomodar tudo certinho.
Cheque os locais que gostaria de visitar naqueles dias que estiver na cidade, e trace um roteiro. Não feche muito, dê sempre um espaço pra fazer “o que der na telha” se quiser. Veja os preços das entradas de museus naqueles dias específicos, e se possível, compre adiantado para não pegar fila (acredite, você vai agradecer depois quando passar na frente daquela turistada toda, fila de 200 pessoas).
Roupas
Leve o básico. E, principalmente, poucas calças. Como fomos em setembro – outubro, ficamos com medo de pegar frio. Compramos algumas malhas de fleece aqui mesmo, da Solo, mas o que mais agradecemos ter comprado foram “botas”. E botas impermeáveis! Compramos na Orientista, botas da marca “Vento by Nômade”. Uma marca nacional e que uso até hoje pra ir pro trabalho. Pra saber o número das malhas e botas fomos meio caras de pau. Procuramos por aqui mesmo os modelos e experimentamos. Fomos na internet já com o número, e, bem, na internet sempre se acha mais barato.
No nosso caso compramos duas mochilas da Deuter. Eu gostei, a Rebeca odiou. Odiou o peso. Ela preferiria se tivéssemos levado malas com rodinhas.. Mas aí não seria um mochilão de verdade!
Outras Dicas
- Não se esqueça do seguro viagem. Você vai precisar se quiser entrar na Europa. Cotamos e a da Porto Seguro saiu a mais barata, e foi útil por alguns relatos que vi na net.
- Se tiver conta no Banco do Brasil, leve aquele cartãozinho de débito azul, aquele vagabundinho que você recebe quando abre a conta. Nem os atendentes, nem os gerentes da “agência central” aqui em Brasília sabem, mas quando você usa ele na função “debit”/Visa Electron lá fora, o valor sai com a cotação do dia na conta, direto, no taxes, e pelo que calculei, com cotação melhor do que qualquer casa de câmbio e até mesmo o Travel Money do BB. Vale a pena se não houver uma hecatombe nuclear e o Euro acabar disparando no telhado.
- NÃO USE O TRAVEL MONEY DO BB PARA RETIRAR DINHEIRO NA EUROPA, sério, meus dois cartões do Travel Money foram ENGOLIDOS por duas máquinas lá fora. A besta aqui, e claro, o Banco, não repararam que alguns países, como no meu caso a Bélgica, não há mais, ou é menos comum, o cartão sem chip, só com a tarja (justamente o do Visa Travel Money do BB). Você tenta sacar a grana, a máquina não enxerga o chip e..
ExplodeReseta, engolindo seu cartão no processo. Fiquei sem dinheiro, tive que vender todos os Euros que comprei de volta ao Banco (preju de 400 reais no câmbio) e tive que sacar no cartão de crédito, e pagar um IOF absurdo do meio pro fim da viagem. Resumo: pague uma cotação mais cara na compra e leve um VTM com CHIP de uma casa de câmbio só para sacar dinheiro. Sempre que puder use o débito do BB. - Se possível, imprima as rotas Aeroporto-Hotel-Aeroporto do Google Maps, e as rotas Hotel-Espetáculo-Hotel, e leve numa pastinha. No dia, tire o mapinha e vá com ele no taxi. Se for ficar por mais de uma semana em um mesmo local, vale a pena comprar um chip como 3G para checar as informações on the go, mas a 3G por lá também parece ser um lixo, e travar as vezes. Use o mapinha para não se perder no último momento, e para não levar tinta do taxista.
- O Tripadvisor é um amigo excelente. Não só para hotéis mas também para restaurantes e pontos turísticos. Entretanto, sempre pergunte ao gerente do hotel ou o anfitrião na pousada sobre locais por perto para lanchar ou jantar. Na maioria das vezes eles te dão um mapinha e te ajudam com os melhores locais para visitar.
- Se possível, compre todos os tickets e ingressos com antecedência. Isso evita tantas surpresas que você não sabe.
- Para a alimentação preveja mais ou menos uma quantidade de Euros/Libras por dia, e multiplique pelo tanto de dias.
- Faça seu planejamento em um serviço como o Google Drive, ou outro na nuvem, assim você consegue acessar suas informações se as perder (Vai que..)
Amsterdã
Elane
542 semanas atrás
Muito bom…. deve ter sido complicado escolher as fotos! São muitas nessas ocasiões! Parabéns pelo trabalho, bem alto explicativo. Só que para esse tipo de viagem o inglês é essencial, né ?!
Mais uma vez parabéns! As fotos, como sempre com muita simplicidade e beleza.
BECA | EICHEN7
542 semanas atrás
Elane, muito obrigada!!!
Fotografamos o que foi possível. hehe
Estávamos curtindo a lua -de-mel, então não nos preocupamos muito em fazer fotos incríveis, foi um registro de turista mesmo. Também tínhamos certo receio em expor a câmera o tempo todo, sem falar na correria pra tentar aproveitar tudo. hehe
Pra quem vai por conta própria o inglês básico é bom, pra entender os museus e não perder nada, mas no “mochileiros.com” agente encontrou relatos de gente que não sabia um pingo, e aproveitou.. Nos organizamos e não tivemos grandes problemas.
Nathália Millen
542 semanas atrás
Gente que lindo! Também quero fazer um mochilão pela Europa na minha lua-de-mel e já me vejo iguais a vocês….clicando tudo! Hahaha, felicidades casal <3
DAN | EICHEN7
542 semanas atrás
Super faça isso Nathália! É a melhor coisa que você pode fazer.. É uma experiência pra lembrar pro resto da vida.
BECA | EICHEN7
542 semanas atrás
Bom de mais a experiência Naty! Vale a pena!
Pra quem é fotógrafo é maravilhoso, dá vontade de clicar tudo mesmo.
Nhayara Mendes
542 semanas atrás
Eu simplesmente sou fã do trabalho de vcs! A simplicidade, os detalhes. Parabéns!!
DAN | EICHEN7
542 semanas atrás
Poxa Nhayara, valeu! Esses elogios são sempre muito gratificantes!
BECA | EICHEN7
542 semanas atrás
Valeu Nhayara!!!
Essas palavras nos motivam sempre!